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domingo, 30 de setembro de 2012

Desapego * Vende-se tudo!


Olá!!!


Recebi este texto por email, daí vocês já sabem sendo diamante vale compartilhar.

Confesso que nos vimos nestas linhas, lembrando do tempo que o Senhor nos proporcionou que passássemos no Rio de Janeiro, e senti uma emoção sem igual.

Confesso que bem que eu gostaria que acontecesse de novo...
Vale a pena. 
Grazie Signore!

Beijo.
Em Cristo, 
E.
"E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho,
nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; 
nem tenhais duas túnicas." [Lucas 9.3]
Vende-se tudo
Imagem encontrada no Google
[Martha Medeiros]

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.
O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento.
Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes.
O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi.
Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava para subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma. 
No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.. 
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. 
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. 
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que se torna cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida...
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha dois anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa. 
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.


Edvanil FonsecaRosa vermelha

domingo, 16 de setembro de 2012

Mãos - Ninguém triunfa sozinho


Esta semana recebi um email de uma pessoa especial que conheci assim que entrei na Rede e de cara acreditou no meu trabalho, professora Davina Moraes. O tempo vem passando e o crescimento sem dúvida vem ocorrendo, mas a minha torcida é para que tudo contribua para o meu o avanço espiritual e para o que eu nasci: para a Glória de Deus.

O email com o título 'MÃOS" não li de imediato quando chegou na caixa de entrada, porém abri no momento em que fui marcada no Facebook com a mesma e seguinte referência: 'Com as mãos ungidas não há mal que resista' da companheira de jornada Patrícia Fonseca e recordei-me que algum tempo atrás ela já havia me falado sobre este assunto, daí lembrei da 'inbox'. [E haja lembranças, rsrsrs].

O texto está transcrito logo abaixo, contudo no momento da leitura relances fortes na mente vieram também de Neide profissional da Arte da Pintura e também minha irmã. Fatos tratados com toda a sensibilidade nesta cativante história de homenagem, dedicação, sacrifício, reconhecimento, caminhos traçados... e amor.

Portanto, juntos, os que se interessam pela vida além da aparência, pelas coisas que podem ser vistas não só com olhos, para os autossuficientes e para os que creem no Deus que é o Rei do Universo; este texto é para vocês.


No século XV, numa pequena aldeia perto de Nuremberga
vivia a família Durer com vários filhos.
Para ter pão na mesa para todos, o pai trabalhava cerca de18 horas 
diárias nas minas de carvãoe em qualquer outra coisa que se apresentasse.
Dois dos seus filhos tinham um sonhoSerem pintores.

Mas sabiam que o pai jamais poderia mandar  algum deles para a 
Academia de Pintura. Depois de muitas noites de conversas e 
troca de ideias, os dois irmãos chegaram a um acordo.
Atirariam uma moeda ao ar e o que perdesse trabalharia nas minas 
para pagar os estudos ao que ganhasse. Quando terminasse o curso, 
o vencedor pagaria os estudos ao outro com  a venda de suas obras. 
Assim, os dois irmãos poderiam ser artistas. Lançaram  a moeda ao ar 
num domingo ao sair da IgrejaQuis a sorte que fosse Albrecht a ganhar e
assim  foi  estudar pintura em Nuremberga.

O outro irmão, Albert, começou o perigoso trabalho nas  minas, 
onde permaneceu nos quatro anos seguintes para pagar os estudos 
de Albrecht, que desde a primeira hora fez sensação na Academia.
As gravuras de Albrecht, os seus entalhados e os seus óleos 
chegaram a ser muito melhores que os de muitos dos seus professores
Quando se formou, ganhava consideráveis somas com a venda das suas obras.

Quando o jovem artista regressou à sua aldeia, a família Dürer reuniu-se
para uma ceia festiva em sua homenagem Ao finalizar a memorável festa
Albrecht levantou-se e propôs um brinde ao seu irmão Albert que tanto se 
havia sacrificado, trabalhando nas minas para que o seu sonho de estudar 
se tornasse realidade
E disse: "Agora, meu irmão, chegou a tua vez.
Agora podes ir para Nuremberga e realizar os teus sonhos, que eu me 
encarregarei de todos os teus gastos". 


Todos os olhos se voltaram, cheios de expectativa, para Albert.

Este, com o rosto lavado em lágrimas, levantou-se e disse suavemente:

"Não irmão, não posso ir para NurembergaÉ muito tarde para mim.

Estes quatro anos de trabalho nas minas  destruíram-me as mãos.
Cada osso dos meus dedos partiu pelo menos uma vez, e a artrite 
da minha mão direita tem avançado tanto que até tenho dificuldade em 
levantar o copo para o teu brinde.
Não poderia trabalhar com delicadas linhas, comcompasso ou com
pergaminho  e não poderia manejar a pena nem o pincel. Não irmão, para mim é
tarde. Mas estou feliz  por as minhas mãos disformes terem servido para que as tuas
agora tenham cumprido o seu sonho".

Mais de 450 anos decorreram desde esse dia.
Hoje as gravuras, óleos, aguarelas, entalhes e demais obras de
Albrecht Dürer podem ser vistos em muitos museus de todo o mundo.
Mas seguramente vocês, como a maioria das pessoas, se recordam 
de uma obra. Talvez alguns tenham até uma  reprodução  em casa.
Para render homenagem ao sacrifício de seu irmão, Albrecht Dürer 
desenhou as mãos maltratadas de seu irmão, com as palmas unidas e os dedos
apontando ao céu.
Chamou a esta poderosa obra simplesmente "Mãos", mas o mundo inteiro 
abriu de imediato o coração à sua obra de arte e alterou o nome da obra para: 
"Mãos que oram".






Na próxima vez em que vires uma cópia desta obra, olha-a bem.
E, oxalá te sirva, para que, quando te sentires demasiado orgulhoso do que fazes
e muito seguro de ti mesmorecordes que na vida
"ninguém nunca triunfa sozinho!"

                        Edvanil FonsecaRosa vermelha





sábado, 8 de setembro de 2012

Aula de Direito



Nunca mais tinha recebido um email em minha caixa com características fortes para encaminhamento. Este porém recebido no dia 31/08/2012 além de uma baita reflexão, vale reenvio e para não deixar voar no vento da falta de compromisso, estou postando aqui neste espaço de pensamentos e aprendizados.
Imagem encontrada no Google


E haja aprendizado... Vamos lá?



Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

- Como te chamas?

- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.

Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados porém ninguém falou nada.

- Agora sim! - e perguntou o professor - Para que servem as leis?...

Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:

- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou tímidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso.... para que haja justiça.

E agora, para que serve a justiça?

Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguem respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderiam dizer se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguem fez nada a respeito?
Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.
Não voltem a ficar clados, nunca mais!Vá buscar Juan - disse, olhando-me fixamente. Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a nossa dignidade e a dignidade não de negocia.


(Recebido sem citação de autoria)