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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Chamado do Missionário João Paton

Por fim chegou o dia em que João tinha que deixar o lar paterno. Sem o dinheiro para passagem e com tudo o que possuía, inclusive uma Bíblia embrulhada num lenço, saiu a pé para trabalhar e estudar em Glasgow. O pai o acompanhou até uma distancia de nove quilômetros. No último quilômetro, antes de se separarem um do outro, os dois caminhavam sem poder falar uma palavra, mas o filho sabia, pelo movimento dos lábios do pai, que este orava em seu coração por ele. Chegando ao lugar combinado onde se separariam, o pai balbuciou: “Deus te abençoe, meu filho! O Deus de teu pai te prospere e te guarde de todo o mal”. Depois de se abraçarem, o filho saiu correndo, enquanto o pai, em pé no meio da estrada, imóvel, com o chapéu na mão e lágrimas correndo pelas faces, continuava a orar em seu coração. Alguns anos depois, o filho testificou de que essa cena, gravada da sua alma, o estimulava como um fogo inextinguível a não desapontar o pai no que esperava dele, seu filho, que seguisse o seu bendito exemplo de andar com Deus.

Durante os três anos de estudos em Glasgow, apesar de trabalhar com as próprias mãos para se sustentar, João Paton, no gozo do Espírito Santo, fez uma grande obra na seara do Senhor. Contudo, soava-lhe constantemente aos ouvidos o clamor dos selvagens nas ilhas do Pacifico e isso foi, antes de tudo, o assunto que ocupava as suas meditações e orações diárias. Havia outros para continuar a obra que fazia em Glasgow, mas quem desejava levar o Evangelho a esses pobres bárbaros?

Ao declarar sua resolução de trabalhar entre os canibais das Novas Hébridas, quase todos os membros da sua igreja se opuseram à sua saída. Um muito estimado irmão assim se exprimiu: “Entre os antropófagos! Será comido por eles!” A isso João Paton respondeu: “O irmão é muito mais velho que eu, breve será sepultado e comido por vermes. Declaro ao irmão que, se eu conseguir viver e morrer servindo ao Senhor Jesus e honrando o seu nome, não me importarei ser comido por antropófagos ou por vermes. No grande dia da ressurreição, o meu corpo se levantará tão belo como o seu, na semelhança do Redentor ressuscitado”.

De fato, as Novas Hébridas haviam sido batizadas com sangue de mártires. Os dois missionários, William e Harris, enviados para evangelizar essas ilhas, poucos anos antes desse tempo, foram mortos a cacetadas, e seus cadáveres cozidos e comidos. “Os pobres selvagens não sabiam que assassinavam seus amigos mais fieis; assim, os crentes em todos os lugares, ao receberem as notícias do martírio dos dois, oraram com lagrimas por esses povos”.

E Deus ouviu as súplicas, chamando, entre outros, a João Paton. Mas a oposição a sua saída era tal, que ele resolveu escrever a seus pais e, pela resposta, veio a saber que eles o haviam dedicado para tal serviço no dia do seu nascimento. Desde esse momento, João Paton não mais duvidou da vontade de Deus, e assentou no seu coração gastar a vida servindo aos indígenas das ilhas do Pacífico.



In livro: Heróis da Fé

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Deus falou comigo. E irá falar com você!

Provérbios 3

1 - MEU FILHO, nunca se esqueça das coisas que eu lhe ensinei. Guarde sempre na memória as minhas instruções.
2 - Se você seguir essas instruções bem de perto terá uma vida longa e tranqüila.
3 - Nunca deixe de ser uma pessoa sincera e bondosa; faça disso uma regra de vida, grave isso em seu coração.
4 - Assim, você será respeitado pelos homens e Deus lhe mostrará o Seu grande amor.
5 - Confie no Senhor de todo o seu coração; nunca pense que sua própria capacidade é suficiente para vencer os problemas.
6 - Em tudo quanto for fazer, lembre-se de colocar Deus em primeiro lugar. Ele guiará os seus passos e você andará pelo caminho do sucesso.
7 - Não fique cheio de si, pensando que sua própria sabedoria é a razão do seu sucesso. A verdadeira sabedoria é amar e obedecer ao Senhor, fugindo do mal.
8 - Se você fizer isso, terá sempre saúde e vigor para enfrentar a vida.
9 - Dê honra ao Senhor, oferecendo a Ele a primeira parte de tudo quanto você ganha.
10 - Ele lhe dará trigo e cevada para encher completamente os seus celeiros; fará os seus tanques de espremer uvas transbordarem de tanto vinho!
11 - Meu filho, não fique revoltado quando for castigado pelo Senhor. Não fique desanimado quando Ele o corrigir.
12 - O castigo do Senhor é uma prova do Seu amor por você; Ele faz à mesma coisa que um pai cheio de amor faz por seu filho.
13 - O homem que encontra a sabedoria e descobre a verdade é um homem feliz!
14 - A sabedoria produz muito mais benefícios do que o ouro ou a prata mais finos.
15 - Ela vale mais do que pedras preciosas; não existe nada neste mundo que valha tanto quanto ela. Veja o que ela oferece ao homem!
16 - Uma vida longa e tranquila, riquezas e honras,
17 - Prazer e paz por onde quer que o homem vá.
18 - A sabedoria é como uma árvore cujos frutos dão vida a quem come; feliz é a pessoa que sempre come esses frutos!
19 - A sabedoria foi o meio pelo qual o Senhor criou a terra e os astros em todo o universo.
20 - Com Seu grande conhecimento, Ele fez as fontes brotarem na terra e as chuvas caírem das nuvens.
21 - Meu filho, tenha sempre estas duas coisas em vista: a verdadeira sabedoria e a capacidade de tomar decisões certas.
22 - Se você possuir essas duas qualidades, terá sempre forças renovadas. Elas são como uma medalha de honra.
23 - Elas o levarão por caminhos seguros, onde você não tropeçará.
24 - Elas lhe darão um sono tranquilo à noite.
25 - Não precisará ter medo de problemas inesperados nem dos planos de homens maus,
26 - porque o Senhor mesmo vai proteger você. Ele não deixará que você caia em qualquer armadilha.
27 - Nunca deixe de ajudar a quem precisa de ajuda, se você puder ajudar.
28 - Nunca diga a outra pessoa: "Passe aqui amanhã e eu lhe darei isso", se você puder fazer agora mesmo.
29 - Não faça planos maus contra seu vizinho porque ele confia em você.
30 - Não se envolva em discussões com pessoas que nada fizeram de errado contra você.
31 - Não fique com inveja dos homens violentos nem imite esse tipo de gente.
32 - Sabe por quê? Porque o Senhor odeia o homem perverso mas reserva Sua amizade mais profunda para os justos.
33 - O Senhor lança Sua maldição sobre o perverso e sua família, mas derrama bênçãos sobre a família do justo.
34 - Deus despreza e humilha os que zombam dEle. Aos humildes, porém Ele dá o Seu grande amor.
35 - Quem tem a sabedoria do Senhor receberá honra sobre honra mas os que desprezam a sabedoria serão cobertos de vergonha.

* Bíblia Viva

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

CHARLES SPURGEON * Crianças



"Uma verdade colocada no coração de uma criança irá frutificar no presente e no futuro. Aquela criança que ouve a voz gentil de seu (sua) professor (a) na classe pode virar um Lutero e ajudar o mundo com sua proclamação veemente da verdade. Que nenhum homem despreze os jovens ou pense que são insignificantes. Eu reivindico o lugar da frente para eles. Eles são o futuro do mundo. O passado já se foi e não podemos alterá-lo. Até mesmo o presente já se foi à medida que o vivemos. Nossa esperança está no futuro; portanto, abra espaço para as crianças, abra caminho para os meninos e meninas".


“Um outro motivo de alegria é que um grande trabalho preventivo é realizado quando os jovens são convertidos. A conversão salva uma criança de uma multidão de pecados. Se a eterna misericórdia de Deus abençoar seu ensino a uma criança, com que alegria a vida daquele garoto será comparada com a que teria se tivesse crescido em insensatez, pecado e vergonha, e tivesse apenas sido convertido depois de muito tempo! Um sinal de grande sabedoria e verdadeira prudência é orar por nossas crianças, para que enquanto são jovens seu coração seja entregue ao Salvador. Recuperar o filho pródigo vale a pena, mas salvá-lo para sempre de ser um filho pródigo é melhor. Trazer de volta o ladrão e o bêbado é uma ação digna de louvor, mas agir de forma que o menino nunca se torne um ladrão ou bêbado é muito melhor”.



“Continuem, queridos professores, e creiam que Deus irá salvar suas crianças. Não se contentem em semear princípios que possivelmente poderão se desenvolver nos anos seguintes na mente delas, mas trabalhem no sentido de uma conversão imediata. Esperem fruto de suas crianças enquanto são crianças. Orem por elas, para que não voltem para o mundo e caiam nos males do pecado exterior e então voltem para o Bom Pastor com os ossos quebrados; mas para que possam, pela graça de Deus, ser mantidos longe dos caminhos do destruidor e cresçam no aprisco de Cristo, primeiro como cordeiros de Seu rebanho, e então como ovelhas em Suas mãos."

Deus usa as crianças... Testemunho de Joane Bentes.

O MOMENTO É AGORA!


“Uma criança de cinco anos, se ensinada adequadamente, pode crer para a salvação tanto quanto um adulto. Estou convencido de que os convertidos de nossa igreja que se decidiram quando crianças são os melhores crentes. Julgo que são mais numerosos e genuínos do que qualquer outro grupo, são mais constantes, e, ao longo da vida, os mais firmes”. (Charles Spurgeon)


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NOSSA COMUNHÃO É COM O PAI


O que realmente significa comunhão?

A definição da palavra comunhão é bastante intuitiva, uma vez que se deriva
da palavra "comum". Ter comunhão é, simplesmente, ter coisas em comum
com alguém, seja em ideais, crenças, desejos, planos, gostos, torcida,
trabalho, profissão, e a lista é bastante grande onde as pessoas podem ter
coisas em comum, terem comunhão.

Todos os grupos e facções, formados entre os homens, de alguma forma
desfrutam de alguma comunhão. Os seguidores de determinada religião tem
comunhão com outras pessoas que também seguem a mesma religião.
Os profissionais de medicina desfrutam de uma comunhão no âmbito de sua
profissão, dentro do conceito de "ter coisas em comum". Podemos dizer que
as pessoas que torcem por um time de futebol também desfrutam de
comunhão, especialmente quando estão num estádio, unânimes, torcendo
pela vitória do seu time. Elas tem algo em comum.

Se deixarmos de lado os aspectos naturais de qualquer comunhão, e
passarmos a considerar somente os aspectos espirituais da comunhão, que é
o que realmente interessa, podemos entender que, em termos de comunhão
espiritual, "ter coisas em comum" refere-se a coisas como "em que se crê",
"o que se pratica", "onde se vai", "que lugar se frequenta", "que princípios se
segue", etc.

Dentro do conceito de "ter coisas em comum", podemos de imediato
perceber a primeira importante realidade quanto à comunhão: comunhão
nada tem a ver com estar junto o proximidade. Estar reunidos num
mesmo lugar, em nenhuma hipótese significa ter coisas em comum.
Esta reunião de pessoas que não tem comunhão alguma é a base do
que se chama "ecumenismo". É a reunião sem comunhão. Proximidade
física sem que se desfrute de qualquer coisa em comum.
Pessoas que compartilham o espaço físico de um lar, numerosas vezes não
desfrutam de coisas em comum em termos espirituais. Apesar de estarem
"juntas" fisicamente, espiritualmente se encontram distantes e sem coisas
em comum, sem comunhão.

A segunda importante realidade que devemos perceber quanto à comunhão
é que as pessoas buscam intensamente ter comunhão umas com as outras,
dentro de suas crenças. Os seguidores de cada religião conversam entre si
com vistas a estabelecer cada vez mais pontos comuns de concordância,
a despeito destes pontos poderem estar totalmente equivocados.
Neste caso eles vão adquirindo cada vez maiscomunhão: comunhão no
equívoco. Me parece claro que, comunhão, em si mesma, pode ser muito
boa ou pode ser muito má, dependendo apenas de "quais coisas" as
pessoas tem em comum.

Como, pois, podemos saber se a comunhão que temos é boa ou é má?
As Sagradas Escrituras nos dão claramente o padrão de comunhão pelo
qual devemos nos guiar e entender com clareza.

Em primeiro lugar, jamais devemos buscar ter comunhão uns com os outros.
Parece estranha esta afirmativa? Deixe-me explicar: As Sagradas Escrituras
nos afirmam que "A nossa comunhão é com o Pai". Elas não dizem "uma
de nossas comunhões", nem dizem "a mais importante de todas as
comunhões". Ela é direta, clara e objetiva: "a nossa comunhão" - singular,
única, exclusiva. Confira em 1 Yaohukhánan (corrompido como 'João') 1:3.

As escrituras falam de uma única e exclusiva comunhão em nossa vida
e especifica que esta única comunhão é com o Pai, e com Seu Filho.
Podemos aqui limitar o contexto do versículo ao Pai, uma vez que é óbvia
a total comunhão entre o Pai e o Filho.

Ora, é errado que tenhamos comunhão uns com os outros? Certamente
que não. É muito bom desfrutar de comunhão espiritual com outras
pessoas e devemos realmente desejar isso de coração. Contudo, todo
nosso esforço, dedicação, diligência, ânimo e zelo devem estar
voltados para buscarmos ter mais e mais "coisas em comum" com
o Pai, e não com os homens. Quanto mais "coisas em comum"
eu tiver com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL), e quanto mais
coisas você tiver em comum também com o Pai, CONSEQUENTEMENTE mais
coisas nós dois teremos em comum, e consequentemente, maior comunhão.
É aumentando a nossa comunhão com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL),
que aumentaremos a comunhão entre nós, porque a nossa comunhão
é com o Pai, não com os homens. Nossa comunhão com as pessoas
aumenta somente em decorrência do aumento da comunhão de cada um
com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL). Portanto, podemos entender nossa
comunhão com as pessoas como "efeito" e nunca como "causa".

Porque é tão importante que a nossa única e exclusiva comunhão seja
com o Pai?

Existem diversos problemas decorrentes de uma busca de comunhão
interpessoal independente da comunhão com o Pai. Um destes sérios
problemas é o "efeito camaleão": a pessoa que toma a cor do lugar onde
se encontra para sempre ficar "de bem" com tudo e com todos. Este tipo
de pessoa tende a ser sempre um "seguidor das massas". Onde todos
forem, é por ali que ele vai; afinal, ter comunhão com as pessoas ali é
para ele muito importante, mais do que ter comunhão com o Pai.
Este tipo de pessoa dificilmente poderá ser usado como um agente
de mudanças e correção de rumo em qualquer lugar que frequente.
Seu alvo não é ter coisas em comum com o Pai, que é o Padrão a ser
seguido, mas sim, ter comunhão com as pessoas. Ele prefere estar no
erro e com falta de comunhão com o Pai, contanto que esteja bem com
todos e seja bem considerado por todos. Geralmente ele evita
confrontos e faz qualquer concessão com a verdade, se este for o preço
de estar "em comunhão" com todos. Ele não é uma estaca firme e ponto
de referência para os demais pela grande comunhão que desfrute com o Pai;
pelo contrário, gosta de crer no que a maioria crê e fazer o que a maioria faz
independentemente de ser verdadeiro ou não, justo ou injusto.

A maioria torna-se também, para este tipo de pessoa, uma referência
constantemente citada em suas conversas ou quando porventura é
questionado. Tomar uma posição que seja favorável à verdade e justiça,
que porém vá contra a maioria, é muito difícil, senão impossível, para este
tipo de pessoa. Há uma pergunta que tenho recebido muito frequentemente
nestes últimos tempos que é um exemplo claro deste tipo de pessoa.
A pergunta é a seguinte: "Você quer me dizer então que milhões de pessoas
estão erradas no mundo"? Eu sempre respondo: "Desde quando números
podem mudar a mentira em verdade, ou a injustiça em justiça"? Se dentro de
minha comunhão com o Pai eu tiver de ser o único ser humano sobre a
terra a crer em algo ou afirmar algo, certamente serei, pois que aproveita
ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? São muitas as
passagens bíblicas onde se vê uma pessoa solitária afirmando coisas
totalmente diferentes das crenças e práticas de toda a nação, inclusive com
o risco de morrer, indo porém adiante sem esmorecer, valorizando
sobremaneira sua comunhão com o Pai, em detrimento de sua comunhão
com os homens.

Se considerarmos os fatos e ensinamentos bíblicos, existe uma clara relação
de POUCOS para MUITOS, dos que são salvos para os que se perdem.
De toda uma geração que saiu do Egito, somente DOIS entraram na terra
prometida. De toda uma geração antediluviana, somente uma única famíli
foi salva. De Sedom (corrompido como "Sodoma') e Amorah
(corrompido como 'Gomorra') somente uma família escapou, e mesmo
assim com a perda da mulher que olhou para trás. YAOHUSHUA
(IAORRÚSHUA) nos instruiu e exortou a entrar pela porta estreita onde
POUCOS entram e são salvos, e não pela porta larga onde MUITOS
entram e se perdem. Este é o segundo grande perigo de se buscar
comunhão direta com as pessoas e não uma comunhão que seja "efeito"
de uma comunhão com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL).

Dentro do contexto em que Yaohukhánan (corrompido como 'João') começa
sua epístola, notamos claramente que ele está desejoso, muito desejoso, de
ter comunhão com aqueles a quem suas palavras estavam sendo dirigidas
naquela época, e até nós nos dias de hoje quando lemos. E ele deixa bem
claro a qual comunhão ele está convidando. "Ora, a nossa comunhão é com
o Pai...". Nos versos seguintes, em especial os versos 6 e 7, visualizamos
com extrema clareza a questão da comunhão com o "ter coisas em comum".
Yaohukhánan diz: "Se dissermos que mantemos comunhão com Ele (o Pai)
e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade". No verso
7 ele diz: "Se porém andarmos na luz, como Ele (o Pai) está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros...". Ora, no verso 6, Yaohukhánan
mostra com clareza que YAOHUH UL (IÁORRU UL) não tem trevas; logo
aquele que andar em trevas não tem "coisas em comum" com Ele, não tem
comunhão. E o mais maravilhoso ele diz a seguir, afirmando que se andarmos
na luz, do mesmo jeito que YAOHUH UL (IÁORRU UL) está na luz (isto é
comunhão com o Pai), então, e tão somente, mantemos comunhão uns com
os outros. Se observarmos estas palavras com atenção e extrairmos tudo
que elas realmente nos dizem, podemos concluir com paz que:

1. Só há comunhão direta, dentro do conceito bíblico, com o Pai.

2. Só há comunhão indireta, dentro do conceito bíblico, entre pessoas que
estejam desfrutando de comunhão com o Pai.

3. Não há comunhão alguma, no sentido escritural, entre pessoas que não
desfrutam de comunhão com o Pai.

4. Não há comunhão alguma entre duas pessoas, se uma desfrutar de
comunhão com o Pai, e a outra não.

EU QUERO MAIS É SER DA RAIZ DE DAVI


Francamente, acho melhor ser assim do que ir vivendo em cima do muro, fugindo de bola dividida, fugindo de assumir uma posição. Melhor do que viver na busca do meio termo, sem antes verificar qual é o comando que vem da raiz. Melhor do que ser um dos galhos que, para ficarem de bem com as folhas e os outros galhos vizinhos, desconectam-se da raiz. Famintos buscando agradar a outros famintos, na ilusão de que talvez eles possam se alimentar uns aos outros. Cortam o canal de alimentação e não sabem porque morrem de fome!

Dizemos que radical é alguém exagerado, extremado, estourado, temperamental. “Fulano foi muito radical ao dizer aquilo”. Esportes radicais levam esse nome por isso. Quanto mais levar ao extremo, mais radical ele é. A gíria é tão comum que todo mundo estranharia ouvir que “Guga é radical”, porque tênis não é esporte radical. Radical é fazer o impossível com um skate, pular de uma ponte amarrado com um elástico sei lá de que tamanho. E assim vai...

Os químicos chamam de radical todo conjunto de átomos unido de tal forma a compor uma substância. E radical que não está associado a outro é radical livre. Livre e pronto pra reagir. Reativo.

Os significados “emprestados” são tão fortes, até distorcidos, que radical virou xingamento. Radical é ruim, é extremado, é exagerado. Bom mesmo é ser negociador, “de centro”, ficar em cima do muro. Bom mesmo é buscar o meio termo. Será que é? Graças a esses “bom mesmo” muita coisa que antes era preta ou branca agora anda cinza demais. Onde havia sim ou não, agora só talvez.

Cá entre nós, nada contra as gírias. Às vezes elas até nos facilitam na hora de explicar alguma coisa. Mas nesse caso creio que o uso “emprestado” nos atrapalha. Ele desvia a nossa atenção do real e mais precioso significado de ser radical. Radical é o que está ligado à raiz! É o que pertence à raiz. É o que deriva da raiz. Vem da raiz. E o que não está ligado à raiz? Está morto! Corte uma planta ou uma flor, separe-a da raiz, e você tem poucos dias antes que ela seque por completo.

Portanto, esquecendo dos significados emprestados, eu quero mesmo é ser radical. Mesmo que isso soe exagerado, extremado. Mesmo que isso soe... radical!

Quero mais é estar ligado á raiz. Estar ligado a Deus. Pertencer a Deus. Derivar de Deus. Depender de Deus. Ser alimentado por Deus. Comer do que Ele me põe à mesa.

E quanto ao risco de parecer radical? Ora, que me importa? Quando deixar de ser da raiz significa a morte, que opção existe?

Exagero? Radicalismo? Creio que não. Porque em muitas coisas Deus é radical. Para Ele, pecado é pecado. Por mais que Ele ame os pecadores, não convive com pecado. E nós, para vivermos perto dEle, precisamos chamar de pecado o que Ele chama de pecado, resolve-lo, reconhece-lo, sem relativizar. Sem tornar cinza o que é preto ou branco. Ele também diz que quando o amamos, temos e guardamos os Seus mandamentos. E quando não os temos nem os guardamos, não o amamos (João 14:21-24). Não há meio termo. E nos ensina que o nosso falar precisa ser sim, sim, e não, não. O que não se encaixa nisso é maligno. Também nos diz que é bom ser quente ou frio, morno jamais.

Alguém se aventura a dizer que Deus é exagerado? Extremado? Creio que não. Deus faz as coisas na medida certa, do jeito que precisam ser. Preto é preto, branco é branco, vermelho é vermelho, e mesmo o cinza quanto tem que ser cinza, é cinza. Mesmo porque Deus também usa o cinza. Na hora certa, quando o negócio é esperar, Deus também pinta com o cinza. Para cada caso, Deus sempre usa a cor certa. E também nos manda a agir da mesma forma. Deus nos manda pintar os quadros da nossa vida com as cores que Ele dá. Por que insistimos em fugir das cores fortes e preferimos os cinzas e as cores pastéis? Por que?

Como saber qual a hora de negociar e a hora de fincar o pé?

Basta estar preso na raiz. Basta pertencer a ela, ser um com ela. Basta ser radical. Sem gírias. No mais puro significado da palavra. Ramos muito bem fixos na sua raiz. Bem alimentados, na medida certa.

Por isso quero mais é ser radical mesmo.
Da Raiz de Davi (grifo meu).

Carlos Sider * Engenheiro e Administrador. Cristão há mais de 20 anos.
Diretor Geral da Magna Latina, empresa que engloba a Provoice.
É casado com Thelma e tem 3 filhos, Ricardo, Marina e Cristina.