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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NOSSA COMUNHÃO É COM O PAI


O que realmente significa comunhão?

A definição da palavra comunhão é bastante intuitiva, uma vez que se deriva
da palavra "comum". Ter comunhão é, simplesmente, ter coisas em comum
com alguém, seja em ideais, crenças, desejos, planos, gostos, torcida,
trabalho, profissão, e a lista é bastante grande onde as pessoas podem ter
coisas em comum, terem comunhão.

Todos os grupos e facções, formados entre os homens, de alguma forma
desfrutam de alguma comunhão. Os seguidores de determinada religião tem
comunhão com outras pessoas que também seguem a mesma religião.
Os profissionais de medicina desfrutam de uma comunhão no âmbito de sua
profissão, dentro do conceito de "ter coisas em comum". Podemos dizer que
as pessoas que torcem por um time de futebol também desfrutam de
comunhão, especialmente quando estão num estádio, unânimes, torcendo
pela vitória do seu time. Elas tem algo em comum.

Se deixarmos de lado os aspectos naturais de qualquer comunhão, e
passarmos a considerar somente os aspectos espirituais da comunhão, que é
o que realmente interessa, podemos entender que, em termos de comunhão
espiritual, "ter coisas em comum" refere-se a coisas como "em que se crê",
"o que se pratica", "onde se vai", "que lugar se frequenta", "que princípios se
segue", etc.

Dentro do conceito de "ter coisas em comum", podemos de imediato
perceber a primeira importante realidade quanto à comunhão: comunhão
nada tem a ver com estar junto o proximidade. Estar reunidos num
mesmo lugar, em nenhuma hipótese significa ter coisas em comum.
Esta reunião de pessoas que não tem comunhão alguma é a base do
que se chama "ecumenismo". É a reunião sem comunhão. Proximidade
física sem que se desfrute de qualquer coisa em comum.
Pessoas que compartilham o espaço físico de um lar, numerosas vezes não
desfrutam de coisas em comum em termos espirituais. Apesar de estarem
"juntas" fisicamente, espiritualmente se encontram distantes e sem coisas
em comum, sem comunhão.

A segunda importante realidade que devemos perceber quanto à comunhão
é que as pessoas buscam intensamente ter comunhão umas com as outras,
dentro de suas crenças. Os seguidores de cada religião conversam entre si
com vistas a estabelecer cada vez mais pontos comuns de concordância,
a despeito destes pontos poderem estar totalmente equivocados.
Neste caso eles vão adquirindo cada vez maiscomunhão: comunhão no
equívoco. Me parece claro que, comunhão, em si mesma, pode ser muito
boa ou pode ser muito má, dependendo apenas de "quais coisas" as
pessoas tem em comum.

Como, pois, podemos saber se a comunhão que temos é boa ou é má?
As Sagradas Escrituras nos dão claramente o padrão de comunhão pelo
qual devemos nos guiar e entender com clareza.

Em primeiro lugar, jamais devemos buscar ter comunhão uns com os outros.
Parece estranha esta afirmativa? Deixe-me explicar: As Sagradas Escrituras
nos afirmam que "A nossa comunhão é com o Pai". Elas não dizem "uma
de nossas comunhões", nem dizem "a mais importante de todas as
comunhões". Ela é direta, clara e objetiva: "a nossa comunhão" - singular,
única, exclusiva. Confira em 1 Yaohukhánan (corrompido como 'João') 1:3.

As escrituras falam de uma única e exclusiva comunhão em nossa vida
e especifica que esta única comunhão é com o Pai, e com Seu Filho.
Podemos aqui limitar o contexto do versículo ao Pai, uma vez que é óbvia
a total comunhão entre o Pai e o Filho.

Ora, é errado que tenhamos comunhão uns com os outros? Certamente
que não. É muito bom desfrutar de comunhão espiritual com outras
pessoas e devemos realmente desejar isso de coração. Contudo, todo
nosso esforço, dedicação, diligência, ânimo e zelo devem estar
voltados para buscarmos ter mais e mais "coisas em comum" com
o Pai, e não com os homens. Quanto mais "coisas em comum"
eu tiver com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL), e quanto mais
coisas você tiver em comum também com o Pai, CONSEQUENTEMENTE mais
coisas nós dois teremos em comum, e consequentemente, maior comunhão.
É aumentando a nossa comunhão com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL),
que aumentaremos a comunhão entre nós, porque a nossa comunhão
é com o Pai, não com os homens. Nossa comunhão com as pessoas
aumenta somente em decorrência do aumento da comunhão de cada um
com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL). Portanto, podemos entender nossa
comunhão com as pessoas como "efeito" e nunca como "causa".

Porque é tão importante que a nossa única e exclusiva comunhão seja
com o Pai?

Existem diversos problemas decorrentes de uma busca de comunhão
interpessoal independente da comunhão com o Pai. Um destes sérios
problemas é o "efeito camaleão": a pessoa que toma a cor do lugar onde
se encontra para sempre ficar "de bem" com tudo e com todos. Este tipo
de pessoa tende a ser sempre um "seguidor das massas". Onde todos
forem, é por ali que ele vai; afinal, ter comunhão com as pessoas ali é
para ele muito importante, mais do que ter comunhão com o Pai.
Este tipo de pessoa dificilmente poderá ser usado como um agente
de mudanças e correção de rumo em qualquer lugar que frequente.
Seu alvo não é ter coisas em comum com o Pai, que é o Padrão a ser
seguido, mas sim, ter comunhão com as pessoas. Ele prefere estar no
erro e com falta de comunhão com o Pai, contanto que esteja bem com
todos e seja bem considerado por todos. Geralmente ele evita
confrontos e faz qualquer concessão com a verdade, se este for o preço
de estar "em comunhão" com todos. Ele não é uma estaca firme e ponto
de referência para os demais pela grande comunhão que desfrute com o Pai;
pelo contrário, gosta de crer no que a maioria crê e fazer o que a maioria faz
independentemente de ser verdadeiro ou não, justo ou injusto.

A maioria torna-se também, para este tipo de pessoa, uma referência
constantemente citada em suas conversas ou quando porventura é
questionado. Tomar uma posição que seja favorável à verdade e justiça,
que porém vá contra a maioria, é muito difícil, senão impossível, para este
tipo de pessoa. Há uma pergunta que tenho recebido muito frequentemente
nestes últimos tempos que é um exemplo claro deste tipo de pessoa.
A pergunta é a seguinte: "Você quer me dizer então que milhões de pessoas
estão erradas no mundo"? Eu sempre respondo: "Desde quando números
podem mudar a mentira em verdade, ou a injustiça em justiça"? Se dentro de
minha comunhão com o Pai eu tiver de ser o único ser humano sobre a
terra a crer em algo ou afirmar algo, certamente serei, pois que aproveita
ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? São muitas as
passagens bíblicas onde se vê uma pessoa solitária afirmando coisas
totalmente diferentes das crenças e práticas de toda a nação, inclusive com
o risco de morrer, indo porém adiante sem esmorecer, valorizando
sobremaneira sua comunhão com o Pai, em detrimento de sua comunhão
com os homens.

Se considerarmos os fatos e ensinamentos bíblicos, existe uma clara relação
de POUCOS para MUITOS, dos que são salvos para os que se perdem.
De toda uma geração que saiu do Egito, somente DOIS entraram na terra
prometida. De toda uma geração antediluviana, somente uma única famíli
foi salva. De Sedom (corrompido como "Sodoma') e Amorah
(corrompido como 'Gomorra') somente uma família escapou, e mesmo
assim com a perda da mulher que olhou para trás. YAOHUSHUA
(IAORRÚSHUA) nos instruiu e exortou a entrar pela porta estreita onde
POUCOS entram e são salvos, e não pela porta larga onde MUITOS
entram e se perdem. Este é o segundo grande perigo de se buscar
comunhão direta com as pessoas e não uma comunhão que seja "efeito"
de uma comunhão com o Pai, YAOHUH UL (IÁORRU UL).

Dentro do contexto em que Yaohukhánan (corrompido como 'João') começa
sua epístola, notamos claramente que ele está desejoso, muito desejoso, de
ter comunhão com aqueles a quem suas palavras estavam sendo dirigidas
naquela época, e até nós nos dias de hoje quando lemos. E ele deixa bem
claro a qual comunhão ele está convidando. "Ora, a nossa comunhão é com
o Pai...". Nos versos seguintes, em especial os versos 6 e 7, visualizamos
com extrema clareza a questão da comunhão com o "ter coisas em comum".
Yaohukhánan diz: "Se dissermos que mantemos comunhão com Ele (o Pai)
e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade". No verso
7 ele diz: "Se porém andarmos na luz, como Ele (o Pai) está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros...". Ora, no verso 6, Yaohukhánan
mostra com clareza que YAOHUH UL (IÁORRU UL) não tem trevas; logo
aquele que andar em trevas não tem "coisas em comum" com Ele, não tem
comunhão. E o mais maravilhoso ele diz a seguir, afirmando que se andarmos
na luz, do mesmo jeito que YAOHUH UL (IÁORRU UL) está na luz (isto é
comunhão com o Pai), então, e tão somente, mantemos comunhão uns com
os outros. Se observarmos estas palavras com atenção e extrairmos tudo
que elas realmente nos dizem, podemos concluir com paz que:

1. Só há comunhão direta, dentro do conceito bíblico, com o Pai.

2. Só há comunhão indireta, dentro do conceito bíblico, entre pessoas que
estejam desfrutando de comunhão com o Pai.

3. Não há comunhão alguma, no sentido escritural, entre pessoas que não
desfrutam de comunhão com o Pai.

4. Não há comunhão alguma entre duas pessoas, se uma desfrutar de
comunhão com o Pai, e a outra não.

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